Desempenho da região no primeiro trimestre é o melhor dos últimos três anos na geração de empregos
Publicado por: Deize Felisberto
Data: 03/05/2024
Categorias: Vagas

Somados, os 12 municípios adicionaram 3.538 postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a março, diante de 3.184 em 2022 e de 2.313 em 2023
Seguindo a tendência dos últimos meses, março fechou com números positivos sobre o mercado de trabalho formal. Com isso, foram agregadas 3.538 vagas com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano pelos 12 municípios que formam a Região Carbonífera, o melhor desempenho para o período nos últimos três anos.
O
avanço foi de 52,96% em relação aos 2.313 empregos adicionados no primeiro
trimestre de 2023 e ficou acima também (11,12%) dos 3.184 obtidos em 2022. No
pós-pandemia, o resultado só é menor que o contabilizado em 2021, quando foram
acrescentados 3.815 postos de trabalho, no processo de recuperação da economia.
Em março deste ano, o estoque total na região chegou a 156.211 vagas ocupadas. Santa Catarina registrou 66.015 novos postos de trabalho no primeiro trimestre, chegando a um estoque total de 2.528.041 empregos e a mesorregião Sul do Estado, com a geração líquida de 7.328 neste primeiro trimestre, alcançou o total de 321.315 trabalhadores formais na ativa.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e estão compilados e analisados pelos economistas Leonardo Alonso Rodrigues e Alison Fiuza no Boletim do Emprego Formal, uma iniciativa da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Todos os dados e a análise completa está disponível para consulta no site da entidade.
Queda
da inflação estimula a geração de empregos
De
acordo com os especialistas, alguns fatores apontam para a melhora do ambiente
macroeconômico, de tal forma que isso vem se refletindo na região. Entre eles,
a queda da inflação no país, que está em 1,42% no acumulado do ano e em 3,93%
nos últimos 12 meses. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
“O
melhor comportamento da inflação, que por consequência vem possibilitando a
redução da taxa de juros na economia brasileira e que impacta diretamente a
atividade econômica e geração de empregos, vem surtindo efeitos no mercado de
trabalho. Com mais empregos gerados, o estímulo principal é dado pelo lado do
consumo, que vem aumentando e gerando mais movimentação econômica na Região
Carbonífera”, explica Rodrigues.
De agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa básica de juros, Selic, ficou no maior patamar da história, mantida em 13,75% ao ano. Atualmente, está no menor nível desde março de 2022, quando também estava em 10,75% ao ano, e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central já sinalizou com uma nova redução, em 0,5 ponto percentual, na próxima reunião do colegiado, entre os dias 7 e 8 de maio.
Setores
Conforme
os dados do Caged de março, todos os municípios da Região Carbonífera obtiveram
resultados positivos em relação à geração de empregos nas três bases de
comparação, sendo o comparativo realizado frente ao mês anterior; mesmo mês do
ano anterior e no acumulado do ano.
Assim
como os cinco grupamentos econômicos – agropecuária, comércio, construção,
indústria e serviços. Os setores que mais se destacaram foram indústria e
serviços, marcando resultados de 1.510 e 1.480 empregos no primeiro trimestre,
respectivamente, na região.
“Os números das atividades setoriais refletem a melhora do crescimento catarinense. Como exemplo, o setor industrial cresceu 6,6% em termos de produção, o de comércio avançou 6,8% em volumes de vendas, os serviços aumentaram 9% em seu volume de vendas e as atividades turísticas, 1,3% também em volume no primeiro bimestre, em relação ao primeiro bimestre de 2023”, expõe Fiuza.
Rede
de Talentos
O
aquecimento do mercado de trabalho formal reflete-se também na Rede de Talentos
da Acic, que no primeiro quadrimestre registrou um total de 13.647 vagas
ofertadas por empresas associadas e não associadas à entidade, levando a média
mensal a 3.412 no período.
Já
o número de currículos cadastrados por profissionais em busca de uma
oportunidade de emprego ou recolocação no mercado de trabalho chegou a 6.737
entre janeiro e abril, o equivalente à média mensal de 1.684 currículos.